domingo, 22 de novembro de 2009

Arara


No universo multicolorido de nossa avifauna, onde estão presentes muitas aves que merecem ser incluídas entre as mais belas do mundo, ocupa lugar especial a palradora ordem Psitaciformes, compreendendo numerosas espécies, toda classificadas numa única família, Psitacídeos. Os representantes da ordem em questão ostentam orgulhosamente todas as cores do arco-íris e foram subdivididos, por Hermann e Rodolpho Von Ihering, em 17 gêneros, 74 espécies e 5 subespécies, incluindo-se aí papagaios, periquitos, tuins, jandaias, tirivas, anacãs, maitacas, catorras e, naturalmente, as majestosas e belíssimas araras.

Das treze espécies que ocorrem (ou ocorreram) entre nós, as mais notáveis são Ara macao, Ara chloroptera (vermelhas), Ara ararauna (azul e amarela), Ara auricollis (arara-de-colar), Cyanopsitta spixii (a raríssima ararinha azul) e Anodorhynchus hyancinthinus, a nossa incomparável arara-azul, o maior psitacídeo brasileiro.

Diante das ameaças cada vez mais sombrias de devastação do santuário verde da Amazônia, tornam-se escassas as possibilidades de sobrevivência das maravilhosas araras. A biologia dessas aves ainda não foi convenientemente estudada, pelo menos uma espécie está à beira da extinção (a ararinha-azul-cinzenta) e a magnífica arara-azul, que não é gregária, vive aos casais, nunca foi numerosa. Se houver real interesse na preservação desse inestimável patrimônio ornitológico, é preciso agir depressa.

Do regime alimentar das araras constam os frutos de diversas palmáceas, além dos produzidos por muitas árvores amazônicas (japacanim, jataí, muirajussara e outras, chamadas vulgarmente comida de arara'). É nas palmáceas, aliás, que preferem fazer seus ninhos, particularmente nos estipes velhos dos buritis, que escavam para esse fim, conforme pôde observar o botânico Hoehne.

Nossos indígenas sempre deram grande apreço às longas penas caudais das araras, confeccionando com elas seus ornamentos.

Ainda hoje tal hábito é mantido, o que não é de se admirar; pois o colorido intenso dessas aves deslumbra a todos que podem admirar-Ihes a maravilha da plumagem. Essas autênticas jóias aladas, típicas representantes da avifauna tropical, não podem sucumbir ante a voragem irresponsável do desequilíbrio ecológico. Devem sobreviver através dos tempos, como um legado da Natureza aos nossos descendentes. Isto só depende de nós.

Dicas:

Não compre aves silvestres de nossa fauna se esta não possuir autorização do IBAMA.
Você pode adquirir um papagaio legalizado através de criadouros regularizados pelo IBAMA.


Tempo de vida em cativeiro: mais de 40 anos.

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